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A Bateria Batuseado 

Aeee Batuseado!



 

      Já faz muito tempo... Para lembrar da história da Batuseado tive que reavivar as cinzas das memórias que outrora arderam com paixão, samba, suor, sangue e cerveja. Reavivar essas cinzas significa convocar a Bateria para desempenhar o papel para o qual foi criada: inflamar ideais, sonhos, festas, times e arquibancadas.
     Toda essa história começou há muitos anos, época em que eu sequer estava nessa faculdade. Era um momento complicado para a FMJ. Estávamos nos erguendo, moribundos, tentando nos recuperar das sequelas que a moléstia política da cidade nos infligira. A sequela principal? Apatia.
Foi quando surgiu uma nova geração disposta à mudar esse panorama com a implantação de uma meta: A Intermed.
     Quem era essa Geração? Lembro-me apenas de alguns. Lembro-me dos que se tornaram meus amigos, por isso me desculpo por não incluir tantas outras pessoas que foram tão importantes quanto eles. Lembro-me de José Ricardo Pinotti Pedro, o Abdula; Caio César Martins Focassio, o Corvo; de William Saikai e de Neide Feldhauss, os fundadores da Batuseado.
Era 1994, a FMJ começava a mudar de atitude. Os resultados melhoravam mas, sinceramente, uma única caixa desafinada na arquibancada não servia para nada... A AAAPAB então investiu, e na Copa Med do mesmo ano surgiu a Batuseado.
     A Batuseado crescia e ficava mais sofisticada a cada ano, porém começou a sentir na pele o resultado de vários anos sem investimento causados pelos tradicionalmente magros cofres da Atlética. Senti isso na minha pele, era o ano 2000. Ano em que assumi o comando da Batuseado.
Precisávamos naquele momento de mais investimentos, e mais do que isso, precisávamos de um novo esquema administrativo. A Atlética organizou festas para arrecadar fundos que, apesar dos esforços, eram insuficientes. Precisávamos de uma renda fixa...
Foi quando tive a idéia de vender ovos para os recém-chegados alunos da faculdade, também conhecidos como “bixos”. Tínhamos agora o nosso “ovo de Colombo”...
      A Batuseado cresceu ainda mais e tornou-se mais sofisticada e ousada: saíamos das arquibancadas e das ruas para tocar na colação de grau da turma 28. Fomos além: em 2004 tocamos pela primeira vez num baile de formatura. O meu baile de formatura, momento em que achava que seria a última vez.
      Mas não podíamos parar por aí. Precisávamos crescer ainda mais, e mais do que isso, precisávamos de um evento para reunir a “Velha Guarda” e a “Jovem Guarda”, um evento para rever meus melhores amigos. Foi assim que criamos, em 2005, a Feijoada da Batuseado, uma festa patrocinada pela “Velha Guarda” para nos divertirmos, nos reencontrarmos e para gerar lucro para a Batuseado. E a primeira feijoada não teria dado certo se não tivéssemos a ajuda de uma ex-presidente da Atlética: Ana Luísa Rossini.
      A essa altura tínhamos as nossas cores, preto e roxo, tínhamos um esquema administrativo funcionando, tínhamos dinheiro, mas não tínhamos um símbolo. Para mim não havia nada mais óbvio do que o Indiana com um apito na boca. E assim foi criado em 2008.
Hoje temos muito orgulho dessa Bateria. Nós, a “Velha Guarda”, temos orgulho em usar nossos chapéus brancos ao lado de vocês. E por isso, a Batuseado tocou nos momentos mais importantes das nossas vidas: nossas formaturas e recentemente, em dois casamentos de ex-integrantes: o primeiro foi de Luis Felipe Breternitz, e o segundo, deste que vos fala.
Somos fortes. Seremos sempre fortes. Temos que ser. É isso o que a Faculdade espera, pois é a nós que ela chama nos momentos de luta e nos momentos de festa. Aeeeee Batuseado!


                                                                   César de Araujo Miranda (Césinha)
                                                                           Professor de Anestesiologia

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